As Imagens que observamos são compostas por cores e outros detalhes minuciosos.
Diz-se assim que o mundo real, é nesse aspecto, analógico. No entanto, a forma como esses detalhes são captados pelos nossos olhos e percebidos pelo nosso cérebro é mais limitada, condicionada às características físicas e fisiológicas do nosso organismo. Por exemplo: uma pessoa daltónica não consegue observar as imagens como uma pessoa que não é daltónica.
Tal como as pessoas, também as técnicas e dispositivos de reprodução ou captura de imagens possuem essas limitações de reprodução da realidade.
A pintura começou por ser a primeira técnica usada para esse fim, seguida da fotografia e do cinema.
A captura de uma imagem por um processo ou dispositivo técnico pode ser considerada eficaz se nos conseguir transmitir uma percepção próxima da realidade, mesmo que não consiga uma correspondência total da mesma.
Uma imagem digital é um registo de uma imagem real, feito através de uma determinada tecnologia e registado para que o resultado possa ser reproduzido por outra tecnologia associada.
Durante esta formação iremos abordar os fundamentos dessas técnicas e tecnologias de recolha, registo e reprodução de imagens digitais.
Categorias de Imagens
As imagens gráficas computorizadas enquadram-se em duas grandes categorias: Raster e Vetoriais.
- Imagens Raster (Bitmap Images)
Estas imagens são representadas através uma grelha de cores chamada pixels. A cada pixel é atribuída uma determinada localização e valor. Quando se trabalha em imagens raster, são alterados as localizações e valores e não os objectos ou formas.
Estas imagens são de resolução dependente, isto é, como são constituídas por um determinado número de pixeis, ao serem ampliadas, reduzidas ou impressas a uma resolução mais baixa, perdem qualidade.
Formatos de ficheiros usados para imagens Raster: BMP, EPS, GIF, JPEG, PDF, PICT, TIFF.
Tipos de Imagens Raster:
Imagens Line-arte – Contêm apenas duas cores, que normalmente são o preto e o branco.
Imagens GrayScale – Contêm várias gradações de cinzentos.
Imagens Multitónicas – Contêm gradações de duas ou mais cores.
Imagens a Cores – Contêm várias cores.
- Imagens Vetoriais (Vector Graphics)
Por sua vez, as imagens vetoriais são constituídas por linhas e curvas definidas matematicamente por objectos chamados vetores.
Assim, as imagens vetoriais são de resolução independente, o que significa que podem ser ampliadas, reduzidas ou impressas a uma resolução mais baixa, sem perderem qualidade.
Este tipo de imagem são a melhor opção para representar formas de cor cheia que têm de ser ampliadas ou reduzidas a dimensões diferentes – Ex. Logótipos
Formatos de ficheiros usados para imagens Vetoriais: EPS, PDF, PICT.
Imagem Vetorial
Linhas que a compõem
Concluindo:
Regra geral, as imagens digitalizadas são Raster, enquanto que desenhos feitos em aplicações são Vetoriais.
É possível converter imagens entre os dois tipos de dados.
Tamanho da Imagem:
A dimensão digital da imagem é representada pelo número de pontos total da mesma. Esta informação, associada à resolução, é relevante para quando a imagem é apresentada num ecrã ou impressa numa impressora, pois permite-nos ter a noção exacta da área do ecrã ou do papel que será ocupada pela imagem.
Resolução da Imagem:
A resolução é a capacidade de distinguir os detalhes espaciais finos.
Quanto maior a resolução, maior o tamanho, pois implica que para representar a informação de uma determinada área, utilizam-se mais pontos.
As várias formas de medir e representar este conceito variam de acordo com o dispositivo de saída usado para apresentar a imagem:
Formatos de Imagem Digital
De forma a serem utilizadas por outras aplicações, as imagens, uma vez digitalizadas, devem ter uma estrutura definida. (i.e.: o nome do arquivo, largura x altura, da esquerda e direita e de cima a abaixo e os bits que compõem a imagem). A cada uma das estruturas distintas que existem denominar-se-á como formato.
Existe uma diversidade de formatos de arquivo, no qual deverão ser reconhecidos como standards para que as aplicações de imagens possam comunicar entre elas. Cada arquivo tem uma estrutura. A mesma imagem com diferentes formatos pode ter diferentes tamanhos.
JPEG (Joint Photographic Experts Group)
Este formato não impõe nenhum limite no número de cores que usa. Quando se converte uma imagem para JPEG o que se obtém é normalmente um compromisso entre qualidade da imagem e compressão. Com o formato JPEG é possível ter-se imagens com pouca compressão e boa qualidade, ou com muita compressão e pouca qualidade, ou então ainda um resultado equilibrado entre as duas coisas.
A compressão de JPEG foi desenvolvida para imagens ricas em cor ou em escala de cinzentos, logo não suporta imagens binárias (preto e branco). As imagens a que o formato JPEG se adequa melhor são imagens que retratem cenas realísticas, não produzindo tão bons resultados em imagens de desenhos. Este formato também não suporta imagens animadas.
TIFF (Tagged Image File Format)
O formato TIFF é o formato de imagem ideal para cópias originais de armazenamento e preservação de imagem. É considerado uma norma de facto do mercado, tanto para imagem comercial como para imagem profissional. É também o formato de imagem com maior compatibilidade e suporte nas diversas plataformas, Macintosh, Microsoft Windows, Linux, etc.
GIF (Graphics Interchange Format)
O formato GIF foi desenvolvido pela CompuServe com o objectivo de facilitar a troca de imagens na Internet em 1987, quando as placas de vídeo eram geralmente de 8 bits (hoje é vulgar terem já 24 bits ou mais), sendo antecessor do JPEG. Este formato não guarda a resolução da imagem (em ppi), o que significa que a imagem tem de ser escalada sempre que é necessário imprimir. Para o ecrã e para a Web esta propriedade não é importante. A falta desta informação deve-se ao facto de que em 1987 serem raras as impressoras que imprimiam diretamente imagens, por isso esta informação era de facto pouco relevante. De qualquer forma o formato GIF representa uma excelente opção para gráficos. Imagens gráficas (como logotipos, caixas de diálogo) usam poucas cores. Uma imagem GIF de 16 cores resulta assim num ficheiro de imagem mais pequeno e com melhor qualidade que um JPEG.
PNG (Portable Network Graphics)
O formato PNG foi criado com o objectivo de substituir o formato GIF. Como foi desenhado para ser utilizado na Web, este formato tem três aspetos inovadores: Canal Alpha (transparência variável); Correcção Gamma (controlo do brilho da imagem, independentemente da plataforma); Entrelaçamento Bidimensional (um método progressivo de visualização). Para além destas propriedades, verifica-se ainda que na maioria dos casos a sua compressão é mais eficiente que a usada pelo formato GIF.
BMP (Windows Bitmap)
Este formato é usado pelos programas do windows.
PDF (Portable Document Format)
Os ficheiros PDF mostram e preservam os caracteres originais e os layouts das páginas em ambos os tipos de imagens (Raster e Vetorial). Estes ficheiros conseguem conter formas de pesquisa electrónica de informação e características de navegação, como os links. Podem conter várias imagens e páginas.
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